Joaquim Sampaio, o primeiro mártir Bahá’í angolano

Joaquim Sampaio, natural de
Malange, era conhecido por familiares e amigos coma uma pessoa espiritual e
mística.

Em 1956, o seu sobrinho António
Francisco Ebo dá-lhe a conhecer a Fé Bahá’í. Fascinado com os ensinamentos de
Bahá’u’lláh, a casa de Joaquim Sampaio torna-se rapidamente um centro de
actividade Bahá’í. Estima-se que entre 300 a 400 pessoas se terão convertido nesse
ano, em Malange.

Em 1960, a convulsão política que
assolava os países africanos ansiosos pela independência “teve grande impacto
numa comunidade bahá’í crescente”, refere Moojan Momen. “O clero católico
romano decidiu aproveitar-se dos medos das autoridades portuguesas e acusaram
os Bahá’ís de serem terroristas. Muitos crentes foram detidos e interrogados.
Entre as principais vítimas estava Joaquim Sampaio. Foi levado a meio da noite
e nunca mais o viram. Crê-se que terá sido executado ou morrido num campo
prisional – por isso, foi ele o primeiro mártir bahá’í e não, como se diz, o
guineense Duarte Vieira.”

Mais tarde, em 1963, António
Francisco Ebo e sete outros bahá’ís foram também encarcerados numa colónia
penal, na costa sul de Angola, onde permaneceram oito anos. Apesar de todos os
dramas da guerra pela libertação, a comunidade bahá’í não deixou de crescer e
uma Assembleia Espiritual Nacional foi eleita em 1992.


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